1 de novembro de 2007

Marcha Regional Concelho de Celorico da Beira - Velosa - Organização Clube Montanhismo da Guarda - Outubro 2007


A freguesia de Velosa ocupa um dos extremos do concelho de Celorico da Beira. Faz fronteira a Norte e a Oeste com as freguesias de Maçal do Chão, Baraçal e Açores. A Sul e Este com as freguesias de Vila Franca do Deão e Sobral da Serra, do concelho da Guarda.


Ignora-se o seu primitivo nome, perdido em origens remotas. A denominação actual diz-se só ter sido adoptada a partir de D. Fernando. No entanto, isto poderá não ser totalmente verdade, pois já anteriormente ao seu reinado o local era conhecido por Avelosa. É certo que existe uma lenda que lhe dá uma explicação interessante.
Muito antes da formação da monarquia, quando um rei Godo veio ao Freixial (actual Freguesia de Açores), aconteceu na Igreja desta localidade um incidente com um açor. Conta-se que a fuga do pássaro ia custando a vida ao pagem que o havia deixado escapar. Ficou conhecida como a Lenda do Açor.
A ave, ao sentir-se em liberdade, tomou a direcção leste e, veloz, voou até um lugar da actual freguesia que assim se passou a chamar Velosa. Esta é a Lenda que o povo não deixa esquecer, transmitindo-a de geração em geração.


"Velosa Aldeia sem par... Antiga Vila de outrora
Quem de ti se aproximar... Nunca mais se vai embora.

Tudo que é teu tem encanto...Tudo o que tem nos sorri
Tivestes herõis de um santo... Que a vida deram por ti.

O teu povo numa prece... Cheio de crença e fervor
Ainda hoje enaltece... O bom do Santo Prior.

Às portas da Penhadeira... Arvorão do seu pendão
A tua gente altaneira... Venceu o Rei de Leão.

Banhas os pés na Ribeira... Onde te miras Airosa
E limpa-tos a Lameira... Com toalhas veludosas.

És como Princesa encantada... És minha mãe meu aconchego
Em teu Trono reclinada... És a coroa do Mondego."



16 de outubro de 2007

Marcha na Serra de Arada - Candal - S. Pedro do Sul (2007) / Organização Clube de Montanhismo da Guarda

PR 2 - Rota das Bétulas


A Rota das Bétulas insere-se na Serra da Arada e abrange apenas dois povoados: Candal e Póvoa das Leiras. É um percurso circular de Pequena Rota, com cerca de 10 Km e tem o seu inicio junto ao parque de campismo da Fraguinha, seguindo após por caminhos antigos e calçadas, permitindo o contacto com a população rural.


A actividade agrícola ainda assume um papel importante nas comunidades locais, e face às características do terreno, esta é feita em socalcos, proporcionando uma imagem de surpreendente beleza. Associada a este tipo de agricultura encontramos o pastoreio, essencialmente bovino e algum caprino, bem como, os espigueiros ou canastros.




Na flora, para além das árvores que dão o nome ao percurso (bétulas), o carvalho, o salgueiro e o pinheiro bravo são espécies também presentes. Esta zona da serra da Arada está inserida na Rede Natura 2000 – Serra da Freita e Arada, e este facto deve-se, entre outros aspectos, à presença das turfeiras, visíveis no decorrer deste percurso.


Dentro da fauna selvagem e, face ao habitat existente nas cotas mais altas, podemos visualizar o gato bravo e o javali. Na avifauna temos: corvo, falcão peregrino, bufo real, petinha – ribeirinha, entre outras espécies.


30 de junho de 2007

Marcha Regional do Concelho de Fornos de Algodres - Organização Clube de Montanhismo da Guarda / Junho 2007

Assente na inclinada vertente da serra da Esgalhada, na margem direita do rio Mondego, a uma altitude de 500 metros, Fornos foi sempre, desde os seus princípios, uma povoação airosa e aprazível.

Adeus, ó vila de Fornos,
pequenina, mete graça,
tens um chafariz ao fundo
dás de beber a quem passa.


7 de maio de 2007

Marcha Regional no Concelho do Sabugal - Organização Clube de Montanhismo da Guarda / 06 maio 2007


Começo na aldeia de Vale das Éguas, percorrendo os trilhos junto do rio Coa, até Vale Longo do Coa.

Inicio - 09 horas
Fim - 13 horas

Grau de dificuldade - fácil






Vale das Éguas


O nome deriva da sua configuração geográfica e, segundo a lenda, do facto de aí pastarem os cavalos dos moradores da antiga povoação adjacente de Caria Talaya.

Do seu património cultural e edificado, destaca-se a Igreja Matriz, a Capela do Menino de Deus, os fontanários, os cruzeiros e os moinhos de água.

Existem no lugar da Pisquéria, junto ao rio Côa, vestígios de uma antigo povoado, com a respectiva capela. A existência de algumas sepulturas escavadas na rocha, determina uma ocupação que recua à época medieval.

23 de abril de 2007

Caminhada do Concelho de Almeida - Almeida / Vale da Mula - Organização Clube de Montanhismo da Guarda / 22 abril 2007

Almeida

A Praça forte em forma de estrela

praça-forteA praça-forte de Almeida.

Hoje considerada vila Monumento Nacional, Almeida parece ter sido fundada pelos muçulmanos um pouco distante da localização actual.

Fadada para sofrer guerras, passou várias vezes de mãos sarracenos a cristãs, e vice-versa, até que D. Dinis a encontrou sem gente nem paredes inteiras. Mudando-a para onde se encontra agora, em terreno menos plano que o anterior, fez chamar povoadores e fabricar o seu castelo, ampliado depois por D. Manuel e modernizado em épocas sucessivas, segundo o sistema desenvolvido por Vauban. Ainda com D. Maria I, novas e importantes obras melhorariam a praça-forte.

Embora recebendo os tempos modernos, a vila tem sabido manter o estilo próprio das suas velhas ruas.




Freguesia de Vale da Mula

Situada entre as ribeiras de Aguiar e de Tourões, a uma altitude média de 750 metros, nos limites desta freguesia passa a linha de fronteira.
O nome desta freguesia é uma adaptação do castelhano Vale de la Mula, que até há poucos anos era a designação corrente. Pela sua situação geográfica teve um papel importante durante a Guerra da Restauração, tendo sido ali construído um fortim. O Duque de Ossuna invadiu-a em 1661, mas pouco depois foi derrotado pelas tropas portuguesas.
Em 1663, também aqui se travou renhido combate entre castelhanos e portugueses, que comandados por Afonso Furtado infligiram pesada derrota ao inimigo.
Do forte do Vale da Mula, partiu a expedição que foi apossar-se de Guardão, localidade a partir da qual os castelhanos lançavam repetidos ataques a toda esta região.
Vale da Mula pertenceu à casa do Infantado, ao bispado de Pinhel e teve abadia apresentada alternadamente pelo papa e pela mitra.